Sunday, December 26, 2010

Passando o timão ás novas gerações.

"Pé de vento" assina á saída de Saldanha Bay para fazer a Saldanha 2 Luanda



Irmão Jose Fontes foi primeiro Portugues a dar 2 voltas ao mundo em barco a vela com uma
pequena paragem na sua ilha do Pico. Na Ponta do cabo da Boa Esperança se despede de CV e sua Cativa antes de navegar para Luanda


A Tripulacãp do "KYRIE"" Largando de Saldanha para Luanda numa missao de solididaridade
nautica numa entrega de tinta de fundo,














Marina do CNL. "O Volte Face"



Chimera aproximando-se da Linha de chegada da Saldanha 2 Luanda










Os nossos campeões treinam a bordo da "Xpa"







"Tuiga" Largando de Saldanha Bay Toli Larche preparando-se para a 1 "Gale Force 45 Knots





" "Uanga" Largando do Lobito "Sangue novo no Comando os Irmão da Costa "Jonh Cash! Tiago M. Pereira Almeida
e Sérgio Freire comandaram o "Uanga até ao CNL.. Os velhos foram descansar,
depois de fazer a passagem Saldanha até ao Lobito .






"Xpa" Assina a largada e ganha a 1 regata S 2 Luanda










"Argus" o nosso tempo passou!.













Que dupla Irmãos da Costa praticando nas mesmas aguas a onde os mais velhos aprenderamTiago M. Pereira Almeida Proa Sergio Freire.
.







Analisando o fecho de balanço do desporto da vela em Angola do final deste ano que se aproxima rapidamente passo a rever os lados positivos, os negativos não existiram ou são tão insignificantes que os positivos os não deixam sobressair.

Os nossos velejadores Angolanos se mostraram de forma espectacular nas regatas internacionais, embora sem barcos altamente competitivos mas sem duvidas que sabem o que querem e para onde vão.

Os seus dirigentes e treinadores não deixaram cair os braços e fizeram das “Tripas Coração” para os ajudarem a alcançar o quase impossível.

Na chamada competição “Oceânica” a tradicional L2L teve uma participações de um numero bastante elevado para o nosso meio de vela Angolano e esperamos que a próxima L2L seja mais concorrida,

Claro que muito há a fazer neste campo não só em factores Humanos como na preparação das embarcações.

Continuamos a não trilhar na vela “Oceânica” como a organizaçao da vela de “Dos barcos Pequenos” talvez falta de entusiastas com tempo para estas organizações.
Por favor não criem mais uma com comissão para resolver este item.

Uma comissão para os abonos e outra para os assuntos técnicos creio que já basta.
Entusiasmo e sangue na guelra pelo que vi nesta passagem pelo Naval é coisa que sobra, para mim só precisa de alguêm
saiba ou queira fazer actuar o gatilho. Os ingredientes estão lá.

Angola no meio náutico começa a ser reconhecida como terra de marinheiros e de tradicoes nauticas , com um CNL na sua liderança e com um S.C da Lobito também em referencia, nos últimos anos escalaram aguas Angolanas alguns iates estrangeiros.

Nomes como “Dalkiri” atravessou do Lobito para o Norte do Brasil se afundou entre Rio de Janeiro e Cape Town na viagem de regresso , O Inesquecível Irmão da Costa Ian a bordo do seu “SHEILA” com a bandeira Australiana que a ofereceu ao Rui Sancho. O "KYRIE" da Nova Zelândia, com o famoso casal Natalie e Noel que escalaram Luanda só para deixar tinta de fundo para um dos nossos barcos,. O nosso Irmão da Costa Joe Fontes com o Seu Imigrante” que( desapareceu) na Nicarágua. Nao esquecendo o nosso Irmao da Costa Bernard e o seu PAPY JOVIAL.




Mais 2 iates que nos visitam constantemente um da Namíbia e outros catamaran que vem de Saldanha Bay todos os anos. A visita do “Mussulo” que cruzou o Atlântico desde o Brasil e voltou depois de cumprir com a missão do abraço a vela O“ Chimera” “Pé de vento” “Uanga” “ Lecticia” “ Kinga So” “Xispa” “ Tuiga” Alguns deste disputaram a 1 regata Saldanha Luanda na qual o “Xpa” venceu. Não olvidado o Yacht Faraway (Cape to Bahia 2009) que tinha como tripulante o Jacinto Medina.

Muitos mitos terão que mudar como ter que ir ao Lobito meter diesel para poderem passar fazer rumo ao Norte ou ate passar para o Brasil, quando os “Elísios” estão a cerca de 200 nm fora de Luanda. As autoridades terão que rever a sua forma de facilitar estes pequenos barcos que só enaltecem o nome de Angola no meio Náutico.

A Regata Luanda S. Tome creio que está para breve.
Alguns velejadores Angolanos fizeram a travessia Lisboa Luanda”Vega Uno .


Outros Cabo Verde Luanda “Adriana”. Ainda Cabo Verde Joao Pessoa "Mussulo II.


Para breve mais uma passagem entre Recife e Lisboa. (Principio do proximo ano),


No Brasil os nossos compatriotas vencem e não dão descanso aos seus rivais.


Como podem ver o “Sal corre nas veias”.

Continuamos a passar o Timão e as tradiçoes aos mais novos alguns já a são a 4 geraçao dentro do nosso glorioso clube.

Um Forte Abraço

Azul.

CV


Espero que na próxima regata Cabo Rio uma representação Angolana esteja presente. Gostaria de fazer parte deste organização.

Wednesday, December 22, 2010

Eles também sonham com o mar mas não tem poder de decisão










Existem frases que sem duvida nos entram pelos ouvidos e se mantém para sempre.
Passo a citar algumas delas.

O Ti Zé costumava dizer a titulo de pergunta quando nós içávamos as velas e as adriças não corriam no tope dos mastros.
Porque é que o porco nunca foi marinheiro? Claro que ao principio nós nada dizíamos, pois a sua explicação era bombástica , É porque o Porco não olha para cima?. Seu nabo.
Uma outra era o que era um marinheiro sem canivete? Bem essa eu não explico deixo para o Rui Sancho a resposta lá na democrática “Varandinha”.

Lendo a velha cartilha de marinheiro amador, também me encontro com verdadeiras aberrações que sem dúvidas nós já as ultrapassamos. Diz assim .

Ter a carta de marinheiro equivale a um titulo equivalente a uma alta e respeitável profissão. Realmente saber fazer todos aqueles nós, costuras, e saber toda a engrenagem de um barco correspondia a um certificado muito difícil. E então saber navegar com um relógio e um aparelho para pesar o Sol ou as estrelas era de um Sr. Comandante.

Saber fundear um barco ou uma bóia ou até uma marina a preceito ainda hoje é obra de pessoas com tino náutico e não para meros marinheiros feitos á pressa numa rodada no clube a que pertence e depois de uns cobres está proclamado Capitão ( Quantos Ferros). Ler o livro (Capitão de Longo Curso) para mais explicações.

Fundear é ter a certeza de que não vai a garra ainda por cima no mar das (Patas). Na tranquila Ilha do Mussulo.

Fundear uma marina é a mesma coisa, se deve de deixar as amarras um pouco larga o suficiente para nas marés mais altas (Marés Vivas) não fazerem a marina de submarino embora não as deixar com 20 metros de amarra para elas se deslocar 20 metros na maré vazia e irem abalroar com a marina do outro clube ou até baterem em terra..

Também não se manda amarrar os barcos aproados ao vento do quadrante de incidência de ventos fortes afim de servirem como reforço das amarrações das marinas ( Os barcos podem ficar fininhos) por serem esticados com a pressão. Os barcos são brinquedos caros e não devem de ser manobrados ou regidos por pessoal menos preparados para estas coisas do mar.

Uma marina deve de ter pessoal a altura daquilo que se pretende para realmente ser um paraíso para os donos das embarcações e não um pesadelo para o seu hoby.


Devem de ter as coisas mínimas para qual eles pagam, tais como.
Electricidade, Agua. E recolha de lixo todos os dias. Em algumas com telefone e TV nos seus “Finger” devem de estar operacionais não falando já nas novas que até tem acesso á internet.

Este pessoal deve de ser treinado nas coisas do mar, devem de saber amarrar barcos em emergencia. Devem de saber que não se entra a bordo destes brinquedos muitos caros como quem anda pela rua.

São propriedade privada e só pessoal autorizado pelo proprietário deve de pisar o seu convés, não servindo a desculpa de que se está a reparar a marina para alguns empregados de qualquer companhia invadirem o mesmo sem ou menos se descalçarem.

Um Clube tem que ter uma organização de logística no que concerne a uma boa rampa e a um decente guincho.


Deve de ser operado por pessoal dedicado e com amor a sua profissão, o seu “Atrelado” deve de estar sempre em boas condições e administrado de maneira que esteja o mais livre possível para poder servir todos os sócios do clube no mais curto espaço de tempo .


Pintar um fundo de um barco médio não é mais do que 3 dias. Grandes reparações que demora semanas o dono deve de o tirar de cima do berço pois ele é propriedade de todos os sócios e está destinado a todos servir.

O Bom senso é o factor que deve de estar na organização desta pequenas coisas que a todos afecta, e se lembrem de que este desporto e considerado de pessoas chamadas “Gentleman” não é de carroceiros.

Ti Zé dizia de que um velejador tem 2 personalidades.
1) Se for condecorado pela Rainha com o Titulo de SIR ele se apresenta como tal na sua recepção.
2) Se depois da condecoração ainda com a medalha ao peito deixa o Palácio e entra no bar a onde encontra a sua tripulação em apuros á pancada ele nem a medalha tira pois se atira de cabeça para a contenda.

Este palavreado todo vem a propósito de eu nunca vos ter dito de que estou a vontade para falar sobre este assunto pelo seguintes casos.


Mandei fazer e embarquei o FERRARI para o meu clube a partir da África do Sul salvo erro por preço irrisório a pedido do Rui Sancho e o Nico Pereira de Almeida organizou a titulo grátis o seu transporte para esta cidade, nesta altura ainda alguns de nós não sabiam navegar ou sonhar com o mar.

Sei nadar.
Fui campeão de Ralis da classe Karts nesta terra no ano de 1970.
Creio que estou a vontade para fazer esta directa mas verdadeira reflexão.

CV

Thursday, December 2, 2010

Raizes Angolanas Triunfam no Brasil


Meus caros:

A Regata - Volta a Ilhabela - é patrocinada pelo Iate Clube de Ilhabela onde o Mussulo está sediado. Este clube tem alguns angolanos, inclusive o seu Diretor de Vela - José Manuel Nolasco - organizador do maior evento de vela da América Latina (a Semana de Vela de Ilhabela ou Rolex Sailing Week - o nome oficial). A regata de Volta à Ilhabela, realizada pela décima vez consecutiva, homenageia Sir Peter Blake, lendário navegador da Nova Zelândia falecido em 2001, que esteve presente à primeira edição da prova, em 2000. É uma regata tática e com muitas variáveis pois tem correntes, ventos variáveis e de direções diferentes.
Nesta edição participaram 39 barcos dos quais 7 na nossa classe e fomos os primeiros desta. O Mussulo, um Bavaria 49 é um barco de cruzeiro e não se pode esperar grandes performances, sendo necessário arriscar um bocadinho para conseguir bons resultados. Como podem ver na imagem em anexo fizemos a primeira parte da regata (com vento fresco) sempre junto às pedras para evitar as correntes do canal, com múltiplos bordos e nisso tenho que congratular a tripulação pois fazer bordos com um barco de 15 toneladas e uma genoa enorme não é tarefa fácil. Do outro lado da ilha o vento caiu e fomos sendo ultrapassados pelos barcos mais pequenos e mais leves no entanto, a persistência e a vontade de chegar à frente prevaleceu e no início da noite conseguimos montar o balão assimétrico e chegamos à frente dos demais competidores. Foram 12 horas de regata para completar aproximadamente 65 milhas. No ano passado o Mussulo também foi vencedor desta etapa mais uma vez foi preciso arriscar e ao contrário deste ano o vento estava forte (rajadas de 25 nós), sem uma tripulação adequada e com equipamentos não testados. Ao contrário deste ano a regata foi extremamente rápida e estabelecemos o record para a nossa classe com 7 horas de percurso e obtivemos essa performance porque subimos o balão assimétrico e surfamos durante 4 horas ondas de mais de 4 metros a velocidades entre 12 e 13 nós. Quem veleja na classe Oceano sabe que uma "andorinha só não faz verão" por isso os meus agradecimentos à tripulação sem os quais o bicampeonato na Regata Sir Peter Blake não seria possível.
"O Mussulo II foi conduzido, regulado e impulsionado, primeiro pelo vento e depois pela tripulação fixa de regata: José Guilherme Caldas, Marcos Lobo (Lelo), Carlos Eduardo Maia, Mauricio Baldan e agregou-se para esta regata o Matheus Miranda Barbosa e o Ruy Guimarães, como já disse sem eles não seria possível navegar e vencer".

De bordo do Mussulo II
Abraços
Zé Guilherme