Saturday, June 29, 2019

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Friday, June 28, 2019

Correndo com o vento!


Nem sempre se pode correr com o vento!

O termo nautico “Nunca olhes para a popa durante o passar das vagas numa tormenta”.

Eu nao vou olhar pois já estou desembarcado, mas não arrumado para poder dar uma opinião, sobre aquilo que aprendi, pensei, e avisei escrevendo.
Como sempre com o estilo “Fragateiro” entre linhas, e seguindo o aprendizado do Ti Jose Barreno.
Nunca digas as historias completas, eles não são “Parvos sabem apanhar no ar e completarem a historia.

Ele dizia que ao “Mar só se vai com marinheiros” e tinha razão realmente para esses não se necessita de escrever toda a “Mukanda” eles a consegue redigir e executar só com meias palavras.

Infelizmente para os"aceleras" nem por vezes a Mukanda bem explicada eles não a compreendem, pois está fora dos seus gostos de “Pó prá picada”, ou de fazerem rentável um negocio qualquer, atropelando ideais de outros que durante dezenas de anos lutaram para se construir uma maneira de estar na vida como eles construíram o seu amor á “Picada”.

Nada há para ser feito pois a obra já está bastante adiantada, espero que os alicerces estejam firmes, porque senão…

Como de costume as pessoas incultas de coisas que devem de ter o seu lugar, começam a fugir para a “Peixeirada” de quitandeiras.
Nada tem o assunto a ver com a inclusão de todo o nosso povo nas instalações do nosso clube, mas sim a maneira em como as coisas são feitas para se fabricar dinheiro, que possivelmente não é investido no nosso interesse de divulgar, aumentar, evoluir em frente com actividades náuticas, para que a finalidade dos estatutos criados há mais de "Cento e tal anos."


Me lembro em miúdo o nosso Clube nunca teve portas ou portões que se fechassem, ou guardas de segurança  a ver se eras socio ou não, também nunca mirei “Cipaios” a correr com miúdos da Ilha que lá iam pescar, ou lançar a rede redonda de cimo e ao lado do pontão e se tinham as cotas pagas.

O nosso “Chefe de Placa” até mesmo com poderes de organização de mais responsabilidades era o Antonio, que tudo controlava e trabalhava, mantinha as cervejas e o fiambre fresco para nós pelas 17h00 lá nos encontrávamos, e o Antonio comia e bebia a sua cerveja juntamente com Drs. Eng. Directores executivos de grandes organizações, e até com este velho Electricista naval, alguns estudantes que hoje são Dr., e comprava a garrafa de gaz para alguns remadores tomarem banho de agua quente depois dos treinos.
O mais caricato deste caso é quem mais reclamava na falta de gaz me parece que agora é um dos mais representativos e responsável do nosso clube.

Na hora do duche dos da vela, remos, etc. se notava que não havia pessoal com estatutos de privilegiados, de qualquer bairro da ilha ou da cidade alta, ou de Alvalade.

A rapaziada da escola de vela que era mesmo ao lado do Clube vinha sempre apanhar “Boleia no nosso duche”.

Nao posso aceitar que agora me digam que o clube tem que virar uma espécie de “Feira Popular” como a da antiga Mainga, ou um clube de farras género “Vila Alice” “Praia do Bispo” “Vila Clotilde” ou Sambizanga “Salalé do ritmo" etc.

Eu sou socio deste antigo Clube porque o meu interesse não é de “Farras” ou "comes e bebes”, mas sim porque não gosto de futebol, e sou marinheiro.

O Clube sempre esteve completamente integrado  em toda a sociedade Angolana, e não vivia de subsídios e só tinha uma receita que era a do restaurante que pagava mensalmente  a sua renda.

Não tintamos C.E.O ou pessoal de escritórios, não éramos uma companhia de fazer dinheiro para pagar uma frota de empregados, que por vez até não compreendemos o que por lá fazem.

Claro que estou de acordo que o País evoluiu, e o Clube tinha que acompanhar este processo.  Mas era um processo de um clube Náutico, com sócios que gostam do Mar, e todo o desenvolvimento deveria de ir no sentido de servir os desportos de Mar, criar condições melhores para a sua missão. Rampas, Guichos, pontão para abastecimento de combustível, berços para alugar aos sócios para reparações dos seus barcos, regatas de Mar, manter tradições, se envolver mais com clubes náuticos de Africa e do mundo, preparar e divulgar a nossa costa para barcos de cruzeiros nos visitarem… Enfim ajudar a nossa juventude a gostar do Mar, e a ser uns verdadeiros marinheiros com toda a cultura benéfica  que isso lhe é dado ao receber essa tradição.

Por mim basta…. Salvem o sino… Isso é o ultimo que vocês podem fazer, e sair de cabeça levantada.. Deixaram ir a situação a um “No Return Ticket”.. Assim como o abrigo da nossa Irmandade.

Queriam  passar por proprietários de iates na “Marina”? Quiseram copiar os “Tugas” de Cascais, Restelo, Alcantra, Vila Moura,  etc.  Pois conseguiram parabéns.

CV.

PS: O petrolio não volta de momento.