Passagem oceanica do Tartan

TARTAN

Angola 1978. Em plena guerra civil e no dia das comemorações do terceiro aniversário da independencia, seis rapazes fogem de Luanda num veleiro de apenas 13 metros. Orientados por uma bussula, um mapa rudimentar e um radio de pilhas, cruzam um oceano, de dúvidas e anseios, em busca da liberdade e da vida . O seu destino é Portugal, onde acabam por chegar depois de mil e uma vicissitudes.

Sérgio Setas. Miguel Lemos. António Silveira Ramos. José Azevedo Mendes.Pedro Silveira Ramos. Lumeno Monteiro.

Sérgio Setas. Miguel Lemos. António Silveira Ramos. José Azevedo Mendes.Pedro Silveira Ramos. Lumeno Monteiro.


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"Tartan."
Longe vai o ano em que eu fui buscar com o saudoso Baptista da Costa e o dono deste barco ao porto de Luanda.
Para nós era enorme baixou de cima do cargueiro para a Baia e eu consegui arrancar o pequeno motor a gasolina tomei o leme ,atravessei a Baia de Luanda até dar uma cacetada com a roda da proa no cais do Naval. Não estava habituado a barcos tão pesados e a marcha á ré metida muito perto do cais não tinha espaço para ele parar. Todos no cais tentaram pegar o bicho pelos queixos e abrandaram muito o impacto, mas a pequeno mossa lá ficou. Claro a minha reputação mais uma vez foi abaixo.

Também deixar passar esta passagem oceânica de jovens velejadores Angolanos, seria uma falta de cortesia, que não se enquadra no código de Irmandade de pessoal do mar.
Com toda a sua história e impacto que em alguns de nós, a sua narrativa descrita no livro “Velas da Liberdade” nos poderá ter impressionado, para mim, só a da coragem de navegar com estas condições em que eles a fizeram realmente me impressionou.
Amigos muito mais novos do que eu , mas também criados na escola do Ti Zé Barreno .
Ensinados a sobreviver no mar e a se manterem juntos nestas ocasiões, a onde tudo nos é de um modo geral adverso. Sobreviveram, e por aí andam sendo por vezes revividos nas nossas memorias por coisas que se passou e nos marcaram para sempre.
Um abraço de amizade para todos vós
CV